Jair Bolsonaro, o delinquente que por quatro anos emporcalhou a Presidência da República e promoveu o Brasil à condição de pária internacional, pretende esticar sua permanência nos Estados Unidos. O imundo está em território americano desde o fim de dezembro. Fugiu para a Flórida um dia antes do fim do mandato e não passou a faixa presidencial para o eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Diante do descalabro que produziu em seu desgoverno, o criminoso fujão teme voltar ao país. Por aqui, aposta-se que ele terá de prestar contas à Justiça sobre o rosário de crimes que cometeu. O voo para Orlando prova que o sujeito, além de tudo, não passa de um covardão. 

No campo político é dada quase como certa uma sentença condenatória que o deixaria inelegível por oito anos. O pesadelo tira o sono do marginal e sua família. Como se sabe, ao menos no discurso, o PL contaria com Bolsonaro para ser o “líder da oposição de direita” ao governo Lula. Parece piada. E é mesmo.

Bolsonaro deve pagar pelo conjunto da obra criminosa que perpetrou. Sim, sem revanchismo. Aliás, as viúvas do capitão derrotado nas urnas apelam para esse argumento na tentativa de barrar eventual punição ao sujeito que defende tortura e idolatra torturadores.

Investigar os crimes de Bolsonaro nada tem a ver com revanche. É obrigação incontornável para autoridades que respondem pelas instituições do país. Se nada acontecer a esse bandido, será o atestado escandaloso de que tudo é possível para quem está no topo.

Apesar de tudo, mesmo com tanta presepada no parlamento e nos tribunais, Bolsonaro fracassou na pregação golpista. Dos tanques em Brasília à “minuta” do decreto para anular a eleição, a intenção vagabunda desandou. Parece platitude, mas é verdade: as instituições funcionam, a democracia resistiu.

Agora só falta a punição para o ex-presidente que saiu correndo, na moita, para se entocar na casa de um lutador de MMA, na terra de Donald Trump. Aliás, José Aldo está retribuindo o tratamento que recebeu no mandato de seu ídolo. O rapaz é um dos que experimentaram a mamata no infame governo do capitão da tortura.

Claro que é um alívio vê-lo derrotado nas urnas, longe do dia a dia de nossas vidas. Respiramos melhor, não há dúvida. Mas não basta. Ou vai para a cadeia ou fica inelegível. Ou as duas coisas. Diante do que fez, não há destino alternativo para esse elemento.