A Justiça alagoana negou o pedido de liberdade provisória feito pela defesa de Karla Kassiana Vanderlei Warumby Cavalcanti, esposa do policial militar da reserva, José Pereira da Costa, autor dos disparos que matou o italiano Fábio Campgnola, no dia 03 de janeiro, na Praia do Francês.

Karla foi presa em flagrante no dia do crime e teve a prisão preventiva decretada após audiência de custódia realizada no dia seguinte. Para a Justiça, a mulher teria incentivado o marido a praticar o crime.

Ainda conforme a decisão de negar liberdade provisória, proferida nesta segunda-feira (16), pela juiza Fabiola Melo Feijó, a Justiça afirmou que não enxerga ilegalidade na prisão dela e que leva em consideração a opinião do Ministério Público do Estado (MPE/AL).

"O Ministério Público opinou pela manutenção da prisão preventiva da acusada, sob a alegação de que a acusada teria chamado o marido, armado, para resolver a situação, assumindo o risco de sua conduta, o que configura o dolo eventual. Outrossim, aduziu que não é a primeira vez que a acusada se utiliza do companheiro para intimidar […] mantenho a prisão preventiva da acusada nos termos dos arts. 312 e 313, ambos do CPP”, diz trecho da decisão.

Também nesta sexta-feira, a Justiça autorizou que o policial militar reformado, José Pereira da Costa, possa realizar tratamento médico fora da prisão, desde que a saída seja comunicada com antecedência à unidade prisional.

Segundo a defesa do militar aposentado, ele tem um tumor neuroendócrino e necessita de tratamento específico. 

“Defiro o pedido do réu, autorizando o mesmo a realizar o tratamento médico fora do estabelecimento penal, devendo ser comunicado com antecedência à direção do estabelecimento prisional para autorização e escolta devidas”, diz a decisão da juíza Fabíola Melo Feijão.

 

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