Nossas Tomadas de Decisões, Em Parte, Dizem Mais Respeito ao Outro Que a nós Mesmos, Diz Estudo!

21/11/2022 10:22 - Cláudio Cerqueira - Psicólogo
Por redação
Image

Muitas pesquisas em psicologia social mostram que há uma distinção entre nosso comportamento real e a imagem que desejamos ter de nós mesmos e apresentar aos outros. Ao longo dos anos, muitas facetas diferentes do eu ou auto-imagens tem sido identificado.

Encontram-se descrições de dois eus "reais", o tipo de pessoa que um indivíduo acredita que realmente é e o tipo de pessoa que um indivíduo acredita que os outros pensam que ele realmente é.

Existem três domínios básicos do eu: (a) o eu real, que é sua representação dos atributos que alguém (você ou outro) acredita que você realmente possui; (b) o eu ideal, que é sua representação dos atributos que alguém (você ou outro) gostaria que você, idealmente, possuísse (ou seja, uma representação das esperanças, aspirações ou desejos de alguém para você); e (c) o eu do dever, que é sua representação dos atributos que alguém (você ou outro) acredita que você deveria possuir (ou seja, uma representação do senso de alguém de seu dever, obrigações ou responsabilidades).

Ainda nesse sentido, em um estudo realizado por Patricia Devine pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, observa-se que decisões conscientes de renunciar ao preconceito não eliminam as respostas preconceituosas.

Assim, os esforços para derrotar o preconceito provavelmente envolvem uma grande quantidade de conflito interno entre crenças não preconceituosas conscientemente endossadas e pensamentos e sentimentos estereotipados persistentes.

A coexistência dessas reações contraditórias (ou seja, crenças não preconceituosas e respostas negativas) tem sido frequentemente vista com suspeita na literatura. A preocupação central é que muitas pessoas que relatam atitudes não preconceituosas em pesquisas também manifestam preconceito sobre medidas monitoradas inconscientemente.

 

Referência ' AMODIO, David M.; FRITH, Chris D. (2006) Meeting of minds: the medial frontal cortex and social cognition. Discovering the social mind, p. 183-207, 2016.

 

 

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..