O Sindicato dos Servidores de Fiscalização Estadual Agropecuária de Alagoas (Sinfeagro/AL), entidade que representa os servidores da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL), voltou a repudiar, publicamente, nesta segunda-feira (21), a conduta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Alagoas, que anunciou o início da segunda etapa de vacinação contra a Peste Suína Clássica em todo o estado sem a participação dos servidores da ADEAL. A intervenção no Programa de Sanidade Suína do Estado foi classificada como “atitude clandestina” pelos técnicos da ADEAL.

 

Na semana passada, membros do MAPA participaram de uma reunião com representantes da iniciativa privada e com a diretoria da ADEAL, para a articulação e realização da segunda etapa da campanha de vacinação contra a doença, mas, em nota, a ADEAL anunciou à população alagoana que não estava participando do processo. Os técnicos da ADEAL são os reais responsáveis pela vacinação.

 

Novamente, em nota, o Sinfeagro explicou a primeira etapa de vacinação contra a doença, realizada em maio do ano passado, não cumpriu os três pilares do Plano Brasil Livre da PSC, como a integração institucional, sustentabilidade financeira e reestruturação do Serviço Veterinário Estadual (SVE), este último prometido pela própria Ministra de Agricultura, Tereza Cristina, durante o lançamento do projeto piloto.

 

“Foram vários conflitos: desde o número de vacinadores programados aos contratados em apenas 20% do planejado, falhas nas estimativas, como o não repasse de informações ao ponto de até o momento não termos de fato o número exato de animais vacinados, além da falta de disponibilidade estrutural e condições de trabalho, dentre outros”, expõe o texto.

 

Sobre a segunda etapa de vacinação, que começa hoje em Alagoas e sem a participação dos servidores da ADEAL, o sindicato afirmou que, em agosto de 2021, o MAPA aventou a possibilidade da realização da 2ª etapa, tendo a disposição da ADEAL, apesar do Ministério se recusar discutir os problemas ocorridos na 1ª etapa, Mesmo assim, segundo a nota, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária insistiu que, para houvesse sua participação na 2ª etapa, deveria haver planejamento e com cada ator assumindo seu papel.

 

“Não obtendo retorno para evoluir em conjunto, buscando a realização da nova etapa de vacinação contra PSC, a ADEAL se retirou do projeto piloto, destacando que todo o processo vem sendo discutido e decidido em conjunto com a Gestão e o corpo técnico da ADEAL”.

 

Na semana anterior ao início da divulgação da nova etapa de vacinação, os servidores da ADEAL receberam a informação que técnicos do MAPA estavam planejamento a realização da imunização dos suínos em nosso Estado, visitando estabelecimentos e efetuando levantamento de informações, contatos com revendas e visitando algumas unidades de produção de suínos, além da contratação de vacinadores.

“O MAPA está realizando atividades exclusivas dos técnicos e servidores da ADEAL, uma atitude clandestina, uma vez que não era de conhecimento dos servidores da ADEAL a presença dos técnicos do MAPA em Alagoas”, garantiu o sindicato.

 

Finaliza explicando que os técnicos da ADEAL estão completamente alheios à realização de levantamentos, acordos e contratações. “O levantamento está tão torto e o planejamento tão amador que na publicidade efetuada no site https://suisite.com.br/abcs ‘criaram’ mais dez municípios no Estado, informando que a vacinação ocorrerá em 112 municípios, mas Alagoas possui apenas 102. Alguns vacinadores contratados estão procurando os municípios e solicitando combustível, veículos e acomodações. Hoje este fato está ocorrendo em nosso Estado, não se vê outra forma de titular este ato, se não como uma Intervenção do MAPA no Programa Estadual de Sanidade Suína de Alagoas e usurpação das atribuições dos Servidores do SVE”.

 

Íntegra da nota

- Primeira etapa de vacinação contra a Peste Suína (PSC) Nenhum dos três pilares do Plano Brasil Livre da PSC foi cumprido. Integração institucional, sustentabilidade financeira, e reestruturação do SVE, este último prometido pela própria ministra da agricultura durante o lançamento do projeto piloto. Vários conflitos: desde o número de vacinadores programados aos contratados em apenas 20% do planejado, o não repasse de informações ao ponto de até o momento não termos de fato a vacinação fechada, falta de disponibilidade estrutural e condições de trabalho, falhas nas estimativas, dentre outros.

 

- Segunda etapa de vacinação contra a Peste Suína Clássica (PSC) Em meados de agosto de 2021 o MAPA aventou a possibilidade da realização da 2ª etapa e a ADEAL se dispôs, porém e apesar do MAPA se recusar a discutir os problemas ocorridos na 1ª etapa. Mesmo assim, a ADEAL insistiu que, para sua participação na 2ª etapa, deveria haver planejamento e com cada ator assumindo seu papel. Não obtendo retorno para evoluir em conjunto buscando a realização da nova etapa de vacinação contra PSC, a ADEAL se retirou do projeto piloto, destacando que todo o processo vem sendo discutido e decidido em conjunto com a Gestão e o corpo técnico da ADEAL.

 

Na semana anterior ao início da divulgação etapa de vacinação, recebemos a informação que técnicos do MAPA estavam planejamento 2ª etapa de vacinação em nosso Estado, visitando estabelecimentos e efetuando levantamento de informações, contatos com revendas e algumas unidades de produção de suínos, além de, contratando vacinadores. Realizando atividades exclusivas dos técnicos e servidores da ADEAL. Momento que identificamos a atitude clandestina, vez que não era de nosso conhecimento a presença dos técnicos do MAPA em nosso Estado. Os técnicos da ADEAL completamente alheios a realização destes levantamentos, acordos e contratações. O levantamento está tão torto e o planejamento tão amador que na publicidade efetuada no site https://suisite.com.br/abcs "criaram" mais dez municípios no Estado, informando que a vacinação ocorrerá em 112 municípios e o Estado de Alagoas possui 102 municípios. Alguns vacinadores contratados estão procurando os municípios e solicitando combustível, veículos e acomodações. Hoje este fato está ocorrendo em nosso Estado, não se vê outra forma de titular este ato, se não como uma Intervenção do MAPA no Programa Estadual de Sanidade Suína de Alagoas e usurpação das atribuições dos Servidores do Serviço Veterinário Oficial do estado de Alagoas.