Nesta quarta-feira (15), a alagoana Cléa Fernanda Máximo da Silva será julgada pelo assassinato do marido, o italiano Carlo Ciccheli, e ocultar o corpo por cerca de 40 dias, em setembro de 2018. O julgamento terá início às 9h e será conduzido pelo juiz Filipe Munguba, no Fórum da Capital.
Cléa confessou o crime durante depoimento a Polícia Civil na época do crime e por meio de uma carta mostrou os motivos que acabaram com a morte do italiano. Na defesa da acusada, a Associação AME relata que a ré era vítima constante de diversos abusos praticados pelo acusado durante o relacionamento.
De acordo com a presidente da AME, Julia Nunes, a mulher nunca teve a intenção de assassinar o marido e que o crime foi praticado para salvar sua vida. Durante o relacionamento, Cléa relata que foi estuprada, obrigada a se prostituir e ainda a fazer um aborto.
O crime ocorreu no bairro da Ponta Grossa. De acordo com o laudo pericial, a vítima foi atingida por instrumento contundente na cabeça, lesão por instrumento perfurocortante, com sinais de extravasamento de grande quantidade de sangue antes da morte.
A defesa afirma que Cléa não chegou a usar o dinheiro da vítima, mas a denúncia do crime aponta que a motivação do crime teria sido questões financeiras, uma vez que o casal iniciou a vida no Brasil morando em hotéis de nível elevado e foram caindo financeiramente.