O perigo da variante e as festas canceladas

09/12/2021 09:50 - Blog do Celio Gomes
Por redação
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Mesmo contrariados, governadores e prefeitos no país inteiro estão decidindo pelo cancelamento das festas de fim de ano. A maioria não promoverá show ao ar livre, o que sempre atrai multidões para acompanhar a contagem regressiva. É uma decepção pra quase todo mundo, suponho. Depois do avanço no índice de vacinação contra a Covid-19, parecia que 2022 chegaria como antigamente, com cantoria, farra e aglomeração total.

Como escrevi aqui no último dia 30/11, as autoridades deveriam sim cancelar tudo. A medida decorre da descoberta da variante ômicron do vírus. A comunidade científica – afora os negacionistas aloprados – recomenda o distanciamento e, portanto, nada de eventos com aglomeração. Por isso, no mundo todo, países estão retomando medidas restritivas quanto à mobilidade das populações.

Levantamento publicado nesta quinta pela Folha de S. Paulo informa que Maceió vacinou completamente menos de 60% de seus moradores. Ou seja, é mais um motivo para manter os cuidados que possam evitar a proliferação do contágio. Segundo a pesquisa exclusiva da Folha, apenas nove capitais vacinaram acima de 70% de sua população. 

Como já informou o CADAMINUTO, Maragogi é o primeiro município alagoano a cancelar oficialmente não apenas o Réveillon, mas também o carnaval de 2022. Até 8 de março do próximo ano, nenhum evento público será realizado pela prefeitura. A mesma decisão também está sendo tomada em diferentes regiões do país.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, num primeiro momento, negou-se a suspender as festas da virada. Mas, em dois dias, mudou de ideia. É melhor, afinal, como revela a pesquisa da Folha, a capital alagoana está em 22º lugar no ranking das que completaram o ciclo de vacinação, com apenas 58,9% das pessoas imunizadas.

De todo modo, as festas particulares estão autorizadas. Aí ninguém sabe o que pode acontecer. Certamente a fiscalização não será suficiente para evitar excessos. Fato é que gestores batem cabeça, ainda bastante desorientados sobre o que fazer a essa altura da pandemia.

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