Eleições 2022 dominam as manchetes

29/11/2021 16:50 - Blog do Celio Gomes
Por redação
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As eleições de 2022 já invadem as manchetes praticamente todos os dias. O assunto está no topo dos sites de notícia da grande imprensa e na primeira página dos jornais que ainda restam. No campo da opinião, os palpiteiros em geral até fazem a ressalva sobre o calendário, mas atiram pra todos os lados no irresistível exercício de especulação.

Nos dias que correm, a escolha de João Doria nas prévias tucanas alimenta uma matéria atrás da outra, nem sempre com enredo plausível, mais para o oba-oba. O governador paulista derrotou o governador gaúcho Eduardo Leite e será o candidato do PSDB na corrida para presidente.

O triunfo de Doria está longe de unificar o partido. Os fatos mostram que, bem ao contrário, o PSDB nunca esteve tão esbagaçado. Geraldo Alckmin agora sai de vez e pretende concorrer ao governo de SP. O derrotado nas prévias já sinalizou que também deve partir – e disputar a presidência por outra legenda.

A crise no tucanato se mistura a outras pautas que antecipam 2022, como a candidatura de Sergio Moro, o futuro União Brasil (partido resultante da fusão DEM-PSL) e as jogadas de Ciro Gomes. E é claro que Bolsonaro e Lula geram notícias sem parar também movidos pela disputa pelo Planalto.

Se os tucanos perceberem que seu candidato não decola, haverá pressão para Doria cair fora. Uma alternativa seria o posto de vice de Moro, se o juiz parcial estiver com chances reais segundo as pesquisas. O governador aposta que o quadro mudará bastante após fevereiro.

Por falar no “magistrado” que fraudou as regras do devido processo legal na Lava Jato, ele festejou a filiação do general Santos Cruz ao Podemos. Os dois ex-ministros de Bolsonaro no mesmo partido. É perfeito. O militar é apenas mais um no grotesco segmento dos “bolsonaristas arrependidos”.

Correndo por fora, vamos dizer assim, aparece Henrique Mandetta, outro inocente que acreditou na capacidade e na honra de Bolsonaro, até conhecer a “decepção”. Difícil... O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, assim como o ex-ministro da Saúde, acha que tem potencial e tenta uma brecha, ali pelas beiradas. O senador Alessandro Vieira não pontua, mas está nas reportagens com espaços generosos.

Dez meses pra hora do voto. Daí porque essa barulheira toda – ainda que seja muito tempo até outubro do ano que vem. O problema é que esperar muito não combina com a urgência de antecipar apoios e obter condições para uma campanha competitiva. Assunto é o que não falta, é verdade; mas a guerra eleitoral não sai mais de cartaz.

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