O promotor de Justiça Dênis Guimarães, que está com o caso do menino Danilo, afirmou que o padrasto da criança que vai a júri popular poderá ser condenado até 66 anos, se somados todos os crimes.

O réu José Roberto de Morais, acusado de matar o enteado Danilo Almeida Campos, de sete anos, em 2019, irá a júri popular, segundo decisão do juiz Filipe Ferreira Munguba, publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de Alagoas desta quinta-feira (18).

Na decisão, o juiz afirma que mantém a prisão preventiva de José Roberto pois os “indícios do perigo gerado pelo seu estado de liberdade são extraídos dos depoimentos que indicam que ele é pessoa violenta e contumaz na prática de crimes no âmbito doméstico, violentando fisicamente, psicologicamente e sexualmente as mulheres e crianças com quem conviveu”.

O réu responderá por crimes de tentativa de homicídio qualificado, estupro de vulnerável, lesão corporal em âmbito doméstico, cárcere privado, sequestro e ocultação de cadáver.

Segundo o promotor, o Ministério Público tem “plena convicção que as teses serão acolhidas pelo júri”. Dênis também reforçou que nesse caso, o MP tem diversos depoimentos, testemunhas e técnicas o suficientes para ter certeza de que o réu cometeu o crime.

“Um crime bárbaro contra uma criança de apenas sete anos”, destacou o promotor.