Sergio Moro, o juiz corrupto que ajudou Bolsonaro a se eleger, diz que o país não pode cair no “desespero dos extremos”. É uma referência à repetidíssima “polarização” entre Lula e o miliciano do Planalto. Vou chamar isso de ideia fake. Moro desfiou baboseiras, distorções e mentiras em nova entrevista ao programa Conversa com Bial, numa madrugada da TV Globo. O âncora nem de longe ensaiou postura crítica diante do entrevistado.

Nota-se, sem surpresa nenhuma, que o discurso do candidato será mesmo aquele bolero de uma nota só. A ladainha, pestilenta e hipócrita, repete os golpistas de todas as épocas, sempre vestais prontinhas para decretar o fim da corrupção. Juiz sentenciado pelo STF por parcialidade nos processos contra Lula, Moro é alguém destituído de condições morais para condenar ou defender qualquer coisa.

José Carlos Bernardi, comentarista da Jovem Pan em São Paulo, explicou como o Brasil poderia ficar tão rico quanto a Alemanha. Seria assim: “Se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico deles”. O sujeito é também assessor de um deputado bolsonarista na Assembleia Legislativa paulista.

A Jovem Pan virou caso de estudo. Parece um meio de comunicação oficial das ditaduras, qualquer ditadura. Às vezes dou uma olhada no que andam falando Augusto Nunes e companhia, só pra ficar atualizado sobre os últimos lances do humor involuntário que ali se produz. É muita doideira. É muito planeta paralelo. É terraplanismo demais, até para os padrões da direita mais lelé da cuca.

O pior presidente de nossa história é, como todos sabem, o mais mentiroso também. Vadiando pelo Oriente Médio, o líder da seita de caçadores de comunistas inventou números sobre todas as áreas da vida brasileira – da inflação aos incêndios na Amazônia. Além disso, no Catar, sede da Copa de 2022, bateu bola com corruptos da Fifa. Em outra solenidade, registrou nova manifestação de homofobia. É Bolsonaro por ele mesmo.

Depois da chapa MagaLula, agora fala-se da candidatura Lula e Geraldo Alckmin. Na primeira, teríamos o ex-presidente com a empresária Luiza Trajano como vice. A novidade dos últimos dia é um pouco mais inesperada, juntando o petista e um tucano histórico, quatro vezes governador de São Paulo. Fica mais uma vez comprovado que, na política, nada, nadinha mesmo, é para sempre. Fulminado por sua criatura – João Doria –, Alckmin deixa o PSDB e pode se casar com o PT.

Aqui por Alagoas, muita conversa e especulação, mas nada de concreto sobre a eleição pra governador no ano que vem. Nomes previsíveis estão nas rodas de aposta, sem nenhuma alternativa, porém, que pareça algo mais próximo do definitivo. Fui claro? Parece um pouco vago, mas por enquanto é assim que as coisas estão. Vamos ver se, até um próximo texto, pinta novidade.