Uma pesquisa da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), divulgada em março deste ano, aponta que o cenário da pandemia causa mais impacto à saúde mental do que o próprio coronavírus.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), cerca de 800 mil indivíduos tiram a própria vida todos os anos. Conforme revelado pela entidade, essa é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, sobretudo em países de baixa e média renda. 

O aumento de transtornos psiquiátricos como ansiedade, depressão, dependência química e sintomas de estresse pós-traumático parece estar bem estabelecido – e, de fato, é preocupante.

Dessa forma, saber identificar alguns sinais de risco para o suicídio é fundamental para oferecer ajuda. Mudanças bruscas de hábitos, perda de interesse por atividades prazerosas, descuido com a aparência, alterações no sono e no apetite, sentimento de desesperança e comentários em tom de desespero são sinais de alerta.

Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio. O assunto, que ainda é um tabu, enfrenta dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda. A verdade é que ainda há preconceitos e falta de informação.

É importante estar atento e demonstrar cuidado por amigos e familiares. Nesses momentos, oriente e auxilie na procura por um profissional especializado ou por centros de atenção psicossocial.

Sabe-se que 90% dos casos de suicídio podem ser evitados, mas é preciso falar e agir. Por isso, é tão importante abraçar a causa e difundir essa campanha em prol da vida. O Setembro Amarelo é uma luta de todos. Mais do que nunca, precisamos cuidar uns dos outros.

Há também o CVV, que disponibiliza o número 188 para todo o País, gratuitamente, com atendimento 24h. As ligações são atendidas por voluntários preparados para conversar com quem procura ajuda e apoio emocional.