Prefeito de Maceió, excelente gestor, eleito e reeleito com mandato de 2004 a 2012, Cícero Almeida é, nos últimos tempos, o melhor exemplo do cavalo selado que esperou ser montado.

No auge da aprovação da sua adminsitração, por volta da metade do seu segundo mandato, em 2010, era o nome querido por todos da oposição (Collor, João Lyra, Ronaldo Lessa, entre tantos outros) para disputar o governo de Alagoas contra Teotono Vilela.

Fenômento político da época, admirado por todo o Estado, o cavalo selado esperou ser montado, mas Cícero Almeida optou por permanecer na Prefeitura da capital, a despeito dos apoios políticos prometidos e da excelente colocação nas pesquisas.

Com algumas diferenças, algo parecido começa a ocorrer agora, antes da eleição de 2022. Pesquisas para consumo interno que circulam pelos gabinetes políticos colocam o prefeito JHC (PSB) em ótima posição.

Surfa tranquilo, sem desgaste e sem nomes de peso para enf4entar numa hipotética candidtura de oposição ao governo de Alagoas. É, hoje, um produto desvinculado dos extremos políticos de Lula e Bolsonaro, sem ligações negativas com a Assembleia Legislativa e, caso seja candidato, não irá enfrentar o bem avaliado governador Renan Filho  (MDB).

É certo que não dá pra saber como estará a avaliação do prefeito daqui a quatro anos, mas dá pra saber que o chefe do governo da capital é especialista em se promover nas redes sociais, e surfa livre de cobranças, portanto, de desgastes por conta da pandemia.

Ainda é cedo, claro, para uma decisão. Mas o cavalo selado  partiu para encontrá-lo e vai cobrar uma posição. Ele chega, tá chegando, mas a espera tem prazo curtíssimo.

Cícero Almeida, o exemplo do passado/futuro, que o diga.