O golpismo de Bolsonaro e o avanço da CPI da Pandemia

18/05/2021 01:59 - Blog do Celio Gomes
Por redação
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O tempo passa. O governo se arrasta. E a ideia de autogolpe segue na cabeça de Bolsonaro, o medíocre e corrupto presidente. No fim de semana, o sujeito voltou a insinuar que pode recorrer a medidas extremas para impor suas decisões tresloucadas. É, de novo, a retórica do “meu Exército”, a ameaça mequetrefe de partir pra uma ditadura e ponto final. É o que pedem os súditos em faixas, slogans e urros. A passeata da família, no último sábado, de apoio ao golpista Bolsonaro, foi um perfeito fiasco. Em Maceió, a carreata tinha dez carros, no máximo. Efeito zero nas ruas do país. Um sinal evidente de irrelevância.

Em Brasília, o espetáculo triste se repetiu: Bolsonaro, um quadrúpede inigualável, montou sobre outro animal de quatro patas, um cavalo, e saiu em sua pregação de arruaceiro contra as instituições e os valores da democracia (foto). Foi seguido pela escória de seu ministério, de Braga Netto a Ricardo Salles, passando por Tereza Cristina. As cenas são patéticas, um troço meio farsesco. De tão repetido, o espetáculo já nem causa espanto.

Com medo de Lula, o delinquente do Planalto está disposto a tudo para sabotar o processo eleitoral do ano que vem. É o que ele pretende com essa história de voto impresso. Esse é um tema que não tem importância para o Brasil. O sistema de votação está consolidado há mais de duas décadas. Aliás, Bolsonaro disse que mostraria provas de que ele ganhou a eleição no primeiro turno de 2018. Uma fraude garantiu o segundo turno.

Quando falou de fraude na eleição de 2018, Bolsonaro afirmou que apresentaria provas “nos próximos dias”. A ameaça já tem mais de um ano. A bravata do presidente desmoralizado foi em março de 2020. Até agora, ele não trouxe a público nenhuma “prova” que disse ter em mãos. É somente mais uma do maior mentiroso do mundo.

Nesta terça-feira a CPI da Pandemia retoma os depoimentos. Os senadores interrogam Beato Salu, conhecido como Ernesto Araújo. No posto de ministro das Relações Exteriores, esse desmiolado isolou o Brasil do mundo civilizado. Em vez de trabalhar por vacinas, Araújo rodou o planeta atrás de cloroquina. Deu no que deu.

A semana ainda terá na CPI o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, aquele do imortal “um manda e o outro obedece”. Li por aí o seguinte: a gente sabe como esse militar chegou a ministro de Bolsonaro; mas como ele conseguiu chegar ao generalato? Pazuello põe em xeque a fama de qualidade das academias militares. 

Por aqui, Collor, Arthur Lira e JHC prestigiam o presidente. Há os dissimulados, como o senador Rodrigo Cunha, que rezam na cartilha bolsonarista mas fingem “independência”. Mas isso é outra história. Com delinquências oficiais espalhadas nos quatro cantos, a vida de Bolsonaro vai piorar a cada passo na CPI. Não tem mais volta.   

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