Lembro do tempo que Divaldo Suruagy, ( não recordo o cargo que exercia),  ia a oficina de funilaria do meu pai, Seu Antonio, o mestre, no bairro da Levada,em Maceió,AL, encomendar serviços.

Se não me falha a memória,  era os idos dos anos 80 e Divaldo sempre muito simpático ficava horas,  em longas conversas e meu pai tinha nele um ídolo, um "cabra de vergonha" como dizia. Os detalhes me fogem à memória, mas o que me marcou foi o grau de intimidade/respeito das conversas entre o político e o homem semi-letrado. Mesmo com a visível diferenciação intelectual eles se esmeravam em ouvir um ao outro.

Quando servidora do estado,  nos dois governos de Divaldo- lembro que vivemos uma época de grande valorização profissional. O governador tinha um olhar especial para professor@s, e mesmo diante dos desencontros políticos , é impossível negar isso.

Seu Antonio Pedro e Divaldo Suruagy  tinham visões de mundo diferenciadas, com  algumas  verdades e outros  saberes  que convergiam na salutar e necessárias divergências,  mas, desafiando a geografia das diferenças  se tornaram compadres de conversas parrudas e substantivas de mútuo respeito.

Eram amigos e celebravam a vida sendo , simplesmente,amigos. 

Que estejam em paz!