Cristina Silva escreve sua bagagem de vivências com o racismo:
Eu tive problemas com uma professora de uma escola particular que estudava quando tinha 6 anos, ela falava que meu cabelo parecia capacete de astronauta, que era horrível, mandava eu sentar no fundo, falava que eu era escura demais para estudar naquela escola. Depois com 8 foi a professora da catequese, os alunos e, o padre da igreja que falavam da minha cor e do meu cabelo. O padre e a professora viviam mandando eu ir de cabelo preso, porque eu era desleixada e meu cabelo parecia de gente que "usava drogas". E com 12 foi a professora de matemática jogando o apagador em mim, me chamando de burra, de idiota, falando que eu nunca ia ser nada na vida. Todas as vezes contei para a minha mãe, até hoje ele paga de besta e diz que nunca falei. Quando tive meu filho tinha que deixá-lo na creche para trabalhar, com 1 ano e meio eu tinha acabado de pegar ele na escola, ele estava no meu colo e disse "a tia bateu aqui", e colocou a mão na perna, deixei ele em casa, voltei para a escola enfiei o pé na porta, deu o maior problema porque descobriram que a professora estava batendo em vários crianças. A "tia" , foi mandada embora e foi processada por vários pais
Fonte: Facebook/ASociedadeCalaAEscolaFala