A moça alternava momentos bons e outros nem tanto. Trazia consigo um  auto isolamento determinado pelos   oscilações de comportamento.

Era depressiva- afirmava a família.

Nos últimos tempos os transtornos  cresceram de tamanho e proporção, agora enfrentava um isolamento imposto por um vírus, tempos carregados de incertezas.

Tinha dias que virava concha, invadia o espaço dentro dela e emudecia.

A pressão, os tempos pandêmicos, as incertezas foram determinantes: a moça se matou.

Ela é  como muitas outras moças que precisam do olhar atento do poder público para o trato com a saúde mental.

A moça  não morreu  vitimada pela Covid 19. A moça se matou, ou, Alagoas continua perdendo vidas para o suicídio.

O Estado de Alagoas precisa  sair do lugar comum, dos discursos institucionais e estabelecer ações estratégicas, como políticas públicas,  para os cuidados com a saúde mental da população tutelada.

Nestes tempos pandêmicos precisamos falar, urgentemente, sobre a formalização do Comitê Estadual de Prevenção ao Suicídio, Alexandre Ayres.

Precisamos!