Candidato à presidência da Câmara de Vereadores de Maceió, o vereador Samyr Malta conversou com a reportagem do CadaMinuto e reforçou que, independente que qualquer coisa, se for eleito para gerir a Casa Mário Guimarães, pretende “desarmar os palanques e atuar junto à população.
Inicialmente, o nome de Olívia Tenório foi colocado como candidata à presidência e acabou mudando. Por qual motivo houve essa mudança?
Precisávamos de um nome consensual, que não tenha rejeição em nenhum dos grupos, que circule bem entre todos e que priorize a união tão importante que a Casa precisa para legislar. Os dois grupos me chamaram para compor a Mesa, então comprova que enxergaram em mim essa pessoa que pode unir a Câmara em nome do bem comum. Meu objetivo é atuar de forma democrática, ajudando o prefeito eleito a governar. O momento agora não é de divisão, mas sim, de soma, de entendimento.
Seu nome havia sido ventilado como integrante da chapa “comandada” por Galba Neto. Houve uma “traição”?
De forma alguma houve traição! Todos que me conhecem sabem que uma das coisas que mais prezo é honrar com a palavra. Nunca fui homem de duas conversas, mas notei no grupo que a única coisa que interessa no momento é apenas ganhar a eleição. Nunca discutimos assuntos prioritários para a Casa como por exemplo, as aposentadorias ou qualquer outro tema que requer da condução da Mesa Diretora, habilidade, isenção e competência administrativa para resolver. O projeto parecia ser apenas de três ou quatro pessoas e deixei claro que isso me incomodou. Não posso ver o erro e participar dele se não concordo.
Houve algum diálogo entre você e Galba Neto? O seu nome surge na tentativa de despolarizar o cenário e a eleição ter apenas uma chapa?
Com o Galba Netto, nesse momento não. Até porque, quem comandava a articulação política desse grupo era o vereador Francisco Salles - que segundo eu soube, agora ficou a cargo do vereador Chico Filho. Sim, subtendesse que se eu fui chamado para participar das duas chapas compondo os cargos mais importantes da Mesa, é porque viram em mim o perfil de despolarizar a disputa e conduzir da melhor forma a Câmara, ajudando o prefeito eleito a governar com equilíbrio.
O grupo anunciou que o seu nome é de consenso. Você credita a isso a quê?
Sou uma pessoa que se eu não puder ajudar, eu não atrapalho. Sempre fui de defender alianças, o diálogo e a honestidade. Simpatizando ou não, todos conhecem o perfil uns dos outros no meio político, então neste caso, não é necessário dizer quem é quem. Meu nome está à disposição e estou aberto a tirar quaisquer dúvidas dos meus pares sobre o nosso projeto para administrar a Casa.
A chapa, agora encabeçada por você, é oposição ao governo JHC que se inicia em janeiro?
De maneira alguma! De forma irresponsável, querem colocar esse grupo de 12 vereadores na oposição e isso não faz o menor sentido. Estão criando dificuldades para o prefeito eleito e isso é o que ele menos precisa nesse momento. Precisamos avançar e somar para que já nestes primeiros meses, a nova gestão consiga trabalhar sem grandes entraves.
Caso seja eleito presidente da mesa, como buscará conduzir o trabalho junto à Prefeitura?
De forma harmônica, porém com a independência que deve existir entre os Poderes. Antes de tudo, pretendo desarmar qualquer palanque, de modo que todos os vereadores e vereadoras tenham tranquilidade para desempenhar seus mandatos, com a visibilidade e o acesso necessário. Colocarei a Câmara cada vez mais próxima da população, e junto ao Poder Executivo, não medirei esforços para encontrar soluções que garantam mais desenvolvimento e avanços para a nossa querida Maceió.