Motivar o eleitor a sair de casa (ou não) vai decidir a eleição

26/11/2020 10:48 - Voney Malta
Por redação
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Em tempos de pandemia e de eleição com o primeiro turno apresentando alto índice de votos brancos, nulos e abstenções, tanto faz se o candidato está numa disputa apertada ou folgada, o segredo agora é conseguir fazer com que o ‘seu’ eleitorado vá em massa votar neste segundo turno.

No Rio de Janeiro, a folgada frente de Eduardo Paes (53%) sobre Marcelo Crivella (28%) - segundo pesquisa Ibope (leia aqui) divulgada nesta quarta-feira (25), traz uma grande preocupação: O eleitor, sabendo que Paes lidera nas intenções de votos por sexo, idade, renda, escolaridade, religião (exceção entre os evangélicos) e raça/cor vai sair de casa para votar?

Pois bem, o temor da equipe de Paes é que os dados desmotivem qualquer esforço por parte do eleitor uma vez que o clima do já ganhou está bem presente.

Já em outros municípios brasileiros onde a disputa está apertada, a estratégia também é fazer o eleitor sair para votar. Qualquer falha, ou acerto, pode decidir o pleito. E aí, é usar tudo para alcançar o objetivo.

Em Recife, por exemplo, onde o Ibope apresentou empate técnico (leia aqui) - João Campos, 43%; Marília Arraes, 41% - a Folha denuncia que "Servidores com cargos comissionados na Prefeitura estão sendo escalados pelos chefes diretos para cumprir desde o primeiro turno missões diárias na campanha de João Campos (PSB)".

"As convocações incluem bandeiraços, distribuição de panfletos em semáforos e comunidades e o uso de camisetas amarelas —cor da coligação do PSB. São feitas em grupos organizados pelo WhatsApp e divididos de maneira sistêmica por secretarias e órgãos públicos municipais". revela ainda a reportagem.

Em São Paulo, o tucano Bruno Covas (48%) está na frente de Guilherme Boulos (37%), O candidato do Psol perde no eleitorado mais velho e vence entre os mais jovens (leia). Bom, e se os eleitores mais velhos optarem por não votar? Esse é o medo da equipe de Covas uma vez que a candidatura de Boulos vem numa crescente.

E em Maceió, onde as pesquisas mostram uma leve vantagem de JHC sobre Alfredo Gaspar - cerca de 6%, segundo o Instituto Paraná Pesquisas (veja aqui), a saída é a mesma: fazer o eleitor/apoiador sair de casa e quem tiver, usar o seu poder.

A estratégia de mobilização e 'convencimento'  final vai decidir a disputa, é fato. A questão vai ser como driblar os fiscais do lado contrário.

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