O que foi mesmo que a gente aprendeu com a pandemia?
Estou na praça dos Palmares,centro da capital Maceió,AL, marco abandonado da história ancestral de pret@s.
Conta que praça foi um porto de desembarque e venda de escravizad@s. E, nos dias atuais essa história é consumida pelo capitalismo que projeta barracas de comidas e o descaso institucional.
A praça deveria ser um museu a céu aberto, mas, todas as gestões políticas que administraram e administra Maceió fizeram pouco caso da questão.
Coisa de pret@s, né?
Estou em um banco da praça, depois da aventura de atravessar , andando, o bairro da Jatiúca, Poço para chegar ao centro. Foram cerca de 5 quilometros.
Sento no banco da praça, olhando movimento do mundo,no entorno.
E vejo o dono de uma das barracas de lanches coçar o nariz com uma das mãos ( está sem máscara), logo após atende a cliente que pede um caldo de cana. Com mesma mão que coçou o nariz ele pega a cana para moer , até virar caldo. Depois atende outra cliente que pede uma água de coco, A moça paga em dinheiro, ele recebe, passa o troco, logo após serve um pastel a outra cliente, que também paga em dinheiro e a roda viva continua. Em nenhum momento o homem-dono do estabelecimento higieniza as mãos, ou , acontece reclamação da clientela.
Quando o carro que me levará a casa sinaliza chegada , entro e sigo pensativa:
O que foi mesmo que a gente aprendeu com a pandemia?
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