
46.908 candidat@s mudaram a declaração de cor nos registros das eleições municipais de 2020 em relação à corrida de 2016 — o equivalente a 27% dos que concorreram em ambas as eleições. Passaram em um passe de mágica de branc@s para pard@s.
Dentre el@s, o candidato à prefeitura de Maceió, Cícero Almeida.
Como ativista preta das Alagoas dos Palmares, sabemos que representatividade importa, entretanto é importante investigar, como e quando se deu esse auto- pertencimento étnico político do candidato, que já foi prefeito, justamente na eleição que o STF determina reserva de verba e de tempo de propaganda de forma proporcional entre candidat@s branc@s e pret@s.
A maioria de politicos que pardou é contra as cotas na universidade, afinal, as cotas no ensino superior representam a partilha de conhecimento, e para el@s conhecimento e pret@s não dá rima. Só se for no funk ou hip hop.
Mimimi de pret@s.
É como marginalizam ,minimizam a luta secular, ancestral , o tempo todo, todo tempo, e agora querem tirar vantagem da conquista preta jurídica.
A eleição deste ano tem recorde de candidat@s pret@s e pard2s da história: 49,8% do total até esta segunda-feira. Lei de Gerson?
É o racismo estrutural, sempre pondo a prova nossas estratégias ,para a divisão do bolo branco hegemônico.
“Haverá Comissão de Aferição para ess@s polític@s?” -questiona a ativista preta carioca, Rosane Romão. “Apesar de não concordar como essas aferições,creio que neste caso, como acontece em todos os outros, deveria seguir a regra”-acrescenta a ativista
O racismo estrutural quer tomar partido das conquistas de pret@s. É preciso que fiquemos atent@s!
Fonte:https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2020/nao-sei-nem-cor-que-eu-sou-diz-candidata-que-mudou-declaracao-de-raca-24666726