Segundo Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo (leia aqui), o advogado alagoano Eduardo Martins, filho de Humberto Martins, ministro presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), já foi acusado de receber recursos para interferir em processos que tramitavam na Corte.

Caso ocorreu na delação premiada feita pelo ex-presidente da construtora OAS, Leo Pinheiro. O empreiteiro afirmou "que pagou R$ 1 milhão para Eduardo Martins atrasar a tramitação de um processo de relatoria de seu pai que envolvia a empreiteira".

Contudo, o caso foi arquivado. Raquel Dodge, ex-procuradora-geral da República indicada no governo Michel Temer (MDB), considerou "que as provas eram insuficientes e não comprovavam os pagamentos".

Eduardo foi um dos alvos da operação da Lava Jato nesta quarta-feira (9) que mira escritórios de advocacia investigados por suspeitas de serem usados para desviar recursos da Fecomércio do Rio de Janeiro.

Para o MPF, ao advogado cabia obter decisões favoráveis para manter o comando da Fecomércio do Rio com Orlando Diniz. Em delação premiada após ser preso pela Lava Jato, Diniz revelou que teria pago R$ 82 milhões para tentar influenciar decisões do STJ.