A Maternidade Escola Santa Mônica foi inaugurada em 24 de março de 1964, com o nome de Alba Mendes Muniz Falcão, passando a ser denominada alguns meses depois de Maternidade Santa Mônica.  

Em 56 anos, nas terras do reverenciado Quilombo dos Palmares, a instituição nunca foi gestada por uma mulher e preta.

Nunca!  

E  você se pergunta por quê?

Foram  precisos 56 anos para que uma mulher preta, enfermeira obstetra, professora universitária ( UFAL) e progressista fosse eleita  gerente geral da   maior maternidade de alto risco de Alagoas, a Maternidade Escola Santa Mônica.

Seu nome é Elisângela Sanches  que venceu uma  eleição histórica , com 4 vezes mais votos que o concorrente, um homem branco, médico.

A eleição  de Elisangela Sanches, no ano consagrado , como  ano internacional dos profissionais de enfermagem  e obstetrícia, marca a ocupação de espaço , em um cargo de  liderança, de uma mulher  preta.

Elisangela representa com brilhantismo a categoria profissional, da enfermagem e obstetrícia ,que  são a espinha dorsal de todos os sistemas de saúde,mas,  muitas vezes,  sofrem apagamentos sociais.  

 A presença feminina na enfermagem corresponde a 70% da força de trabalho  e a eleição de Sanches  traz a representatividade  da luta antirracista, com uma  mulher preta em espaços de decisão.

Parabéns, preta. Faça valer nossa luta secular.

E junto com sua equipe. Brilhe feito girassol!

Ubuntu!