Entro na recepção do consultório médico ,e sou submetida a uma sabatina:
-Teve febre , algum sintoma gripal ou contato com alguém contaminado pelo vírus,nos últimos 7 dias?
A todas as perguntas respondo com um sonoro não.
Após o registro da avaliação , abro um diálogo mais substantivo, com a atendente, monossilábica:-Posso fazer essas mesmas perguntas ao médico? E ela:- claro.
Entro no consultório e repergunto tudo que me fez questionado. O médico econômico, responde que já teve a convid. Faço o silêncio, numa proposta de argumentação.
Na hora dos testes inquiro se o profissional higienizou os aparelhos, ele , diz que não, e ligeiramente passa um papel alcoolizado para limpeza.
Terminados os exames dirijo-me ao médico:
-Doutor, o senhor responde se quiser, mas, preciso perguntar. A maioria da classe médica votou no presidente que está aí, e o senhor?
Ele com a fala cúmplice:- O voto é secreto.
Refuto, contrariada:- Pois, é, a classe de médic@s que votou no Dr. Seu Jair não pode nem reclamar dessa situação toda. São tod@s culpad@s.
Ele me olhou interrogativo:- E a senhora lê pensamentos?
Eu:- Não leio, doutor, mas interpreto respostas.
Conclusão: o cabra votou no Dr. Seu Jair e ficou com receio da declaração.
A maioria dos médicos, inclusive por sugestão de suas entidades de classe, votaram em Jair Bolsonaro.
E daí?