Agosto. Eram dois Matheus. Pretos de tonalidades diferentes. Dois entregadores. Ambos sofreram racismo. Um foi abordado por policiais, no Shopping Ilha Praza, na Zona Norte no Rio de Janeiro, que suspeitaram ser ele ladrão do relógio que comprara para o pai, com nota fiscal e tudo. Arrastado para a escada de emergência , sem testemunhas, sofreu agressão e se o amigo Matheus não tivesse alertado outras pessoas, talvez, o enredo dessa história fosse outro.
O outro Mateus Pires foi humilhado ,pelo contabilista branco, também Mateus Abreu ,morador de um condomínio em Valinhos, São Paulo,por conta de um atraso na entrega. Além de chamar o rapaz de lixo , o homem branco alegou que o entregador tinha inveja dele, por ser branco, e do seu padrão social, ainda afirmou que o rapaz nunca chegaria ser igual a ele.
Mateus Pires, diplomaticamente, refutou todas as agressões e a postura viralizou nas redes sociais e foi bonito acompanhar o acolhimento com o rapaz.
Em tempos de tamanha indiferença é muito bom assistir e aplaudir a solidariedade coletiva. O rapaz ganhou moto, mais de 1 milhão de seguidores, emprego,etc e tal, mas,daí surge a pergunta que não quer calar: se os dois Mateus sofreram racismo ,por conta da cor da pele, por que, só um, foi socialmente acolhido?
O racismo é um camaleão poliglota ou quem pariu Mateus que embale?
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