A propaganda da Natura,que apresenta Thammy Miranda como pai, quebra esteriótipos, ou precisamos discutir sobre masculinidade tóxica.

28/07/2020 16:52 - Raízes da África
Por redação
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O Brasil  é um país, estruturalmente patriarcal, e cultua uma masculinidade sistêmica, estabelecendo um comportamento padrão  ( feito pressão) do que é ser homem.

 "Homem que é homem tem que ser "o dono', exercitar a masculinidade se impondo sobre mulheres,explorar  seus corpos e vidas, lugar de demarcação social do poder androcêntrico.

O feminicidio é fruto deste padrão comportamental .

No país do patriarcado enraizado,  homem-que-é-homem tem quer ser  forte, viril, reprodutor,provedor e poderoso, ou o  macho durão/rígido  e que  não tem permissão de demonstrações de  emoção/sensibilidade ( coisa de "mulherzinhas", ou gays).

O Brasil patriarcal, em seu culto fálico é um país que alimenta ódio , aversão às mulheres e gays e a  celebração de uma masculinidade exclusiva, é na verdade a ideologia de um regime político.

A masculinidade internalizada, naturalizada e institucionalizada pelo patriarcado  , está intrinsecamente relacionado à misoginia, à transfobia e à homofobia.

Thammy Miranda, um homem transgênero que foi identificado como mulher ao nascer e, ao longo da vida, passou a se reconhecer como homem é uma grande afronta ao patriarcado estrutural. É uma ruptura  violenta,visceral,  com os padrões,socialmente, estabelecidos.

A propaganda comercial comemorativa da Natura do dia dos pais, tendo Thammy Miranda, um homem trans,como protagonista quebra  esteriótipos.

Precisamos discutir sobre patriarcardo estrutural e  masculinidade tóxica.

 

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