Kaminashi, de 23 anos fala  sobre japoneses pret@s  nascidos no Japão.Há pret@s ... 


"Kaminashi, de 23 anos, trabalha em uma empresa de tecnologia de informação em Tóquio e, no paralelo, atua como modelo. Filha de pai nigeriano e mãe japonesa, nasceu na Nigéria, mas se mudou para o Japão aos sete meses de idade. Ela cresceu na província de Gifu, viveu e vive até hoje aqui no arquipélago - é uma cidadã japonesa. "Tudo que está acontecendo me diz respeito: discussões sobre identidade, imigração, racismo", conta. Na infância, Kaminashi notou que era "diferente" — o que a isolava, pois poucos compreendiam, afinal, o que era ser uma criança negra no Japão. Na adolescência, o complexo de inferioridade se intensificou: ela não se via mais só diferente, mas "menor" que os outros japoneses. Depois, destaque no atletismo no colegial, Kaminashi conquistou uma bolsa de estudos para a Universidade de Osaka Seikei, já movida por um objetivo: tornar-se um modelo para os jovens japoneses negros. "Para que as próximas gerações de japoneses descendentes de africanos saibam que a negritude é linda, sim, que é motivo de orgulho. É uma identidade japonesa 'nova', que inclui indivíduos como eu — e que deve ser mostrada para o mundo", diz, durante entrevista realizada por Line. Kaminashi sonha em disputar o Miss Universo e levar três mensagens muito além do discurso de "paz mundial": primeiro, racismo existe; segundo, se racismo existe é preciso apostar nas ações antirracistas; e, por fim, entre as ações antirracistas é preciso defender a diversidade e as minorias. "Um Japão onde todos, literalmente todos, possam livremente buscar seus sonhos", define. 
Fonte:https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/07/07/japoneses-negros-jovens-desmontam-mito-de-modelo-etnico-unico-no-japao.htm?cmpid=copiaecola.