Centrão: “Criminalizar a participação em governos é apequenar o debate”, diz Arthur Lira

16/06/2020 16:36 - Vanessa Alencar
Por Vanessa Alencar
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Em artigo publicado na noite de ontem (15), na Folha de São Paulo, intitulado “O centrão é uma força moderadora”, o deputado federal Arthur Lira (PP) classificou o bloco comandado por ele de “realista”, lamentando o fato de que, “nas crises ou nos momentos de ódio e de bílis”, alguns utilizam o termo “centrão” visando apenas estigmatizar o grupo.

O parlamentar alagoano defendeu que, independente do nome dado “a essa maioria suprapartidária”, o fato é que o grupo tem sido “o grande estabilizador da democracia brasileira”.

Disse ainda que os que marcharam pela democracia na última semana, marcharam também pelo “centrão”, por mais que esteja na moda abominá-lo, afinal, “marcharam pela democracia e pelo Congresso".

"Esse grande grupo disperso de parlamentares de centro, unidos pela singularidade de conviverem bem com todos os opostos, são uma força moderadora. Por mais tentador (e fútil) que seja vilipendiar esse inimigo sem rosto, é importante entender que o grupo tem e teve, como na Constituinte, um papel histórico relevante”, destacou, em um trecho do artigo.

Para Lira, o grupo representa ainda a governabilidade, a previsibilidade institucional: “Nós somos um grande centro agregador de convergências políticas. Ele também defendeu que quando os partidos passam a compor e a influenciar políticas públicas do Executivo, estamos diante de um avanço, e não de um retrocesso democrático: “Não são os partidos que estão sendo cooptados. É o presidente Jair Bolsonaro que faz um movimento institucional de ampla envergadura na direção da democracia e do resgate da mecânica e da legitimidade da prática política”.

No artigo, que pode ser conferido na íntegra no portal da Folha de São Paulo, o deputado federal falou ainda da Lava Jato e afirmou que “a corrupção sistêmica do passado está morta e enterrada” e que a participação dos partidos em governos envolve interesses legítimos: “Criminalizar a participação em governos - sobretudo no pós-Lava Jato - é apequenar o debate e esquecer a história”.

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