Em nota emitida nesta sexta-feira (05), o Ministério Público Estadual comunicou que irá solicitar do Ministério Público da Bahia o compartilhamento sobre operação deflagrada no estado contra a quadrilha ligada à empresa Hempcare, da qual o Consórcio Nordeste comprou 300 respiradores durante a pandemia do novo coronavírus.

Alagoas integra o consórcio e efetuou a compra de 30 respiradores no valor total de R$ 4 milhões. De acordo com o MP, será solicitado à Secretaria Estadual de Saúde (SESAU) informações a respeito da aquisição de respiradores pelo Estado de Alagoas até o momento, inclusive, daquelas 30 unidades que deveriam ter sido adquiridas através do Consórcio Nordeste.

Além disso, os promotores que integram a força tarefa querem obter dados sobre o eventual adiantamento de pagamento que já tenha sido efetuado. “Só após receber esses dados é que a força-tarefa analisará se haverá necessidade da adoção de outras providências para apuração de sua responsabilidade”, informou o MP.

A operação

A Polícia Civil da Bahia prendeu três pessoas ligadas à empresa, que se apresentava como revendedora dos produtos,  e que integrariam uma quadrilha especializada em estelionato e fraudes na venda de equipamentos hospitalares. A operação Ragnarok cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

A investigação apontou que o colegiado pagou R$ 48 milhões por aparelhos que não foram distribuídos aos estados da região e o dinheiro não foi devolvido.

Ainda segundo informações da PC da Bahia, a empresa falsificou um “contrato” com a China para a compra dos equipamentos. Além dos mandados, foram solicitados bloqueios de contas, busca e apreensão, para garantir a recuperação do dinheiro.

*Com informações da Assessoria.