Assim como correu na cidade de São Luiz, no Maranhão, onde a Justiça determinou a implantação do Lockdown, o Poder Judiciário Alagoano também não descarta adotar tal determinação diante da situação de contaminação do novo coronavírus no estado.

A medida tem sido adotada em quatro estados brasileiro diante do crescimento do número de casos e o esgotamento da rede hospitalar para  manutenção das internações. De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Tutmés Airan, o lockdown pode ser provocado pelo Poder Executivo Estadual, Ministério Público ou a Defensoria Pública.

"O lockdown é uma espécie de quarentena extrema, cuja necessidade precisa ser avaliada pelos órgãos técnicos envolvidos na questão. Se a partir de uma avaliação eles provocarem o Poder Judiciário, a gente vai analisar o caso e se a gente se convencer da pertinência do pedido, não tenha dúvida, pois não hestiaremos”, disse Airan.

O próprio governador Renan Filho avaliou a medida como extrema e garantiu avaliar todas as circunstâncias no Estado, assim como o andamento das ações já adotadas nos quatro estados onde o lockdown foi implantado para fazer uma análise melhor.

Segundo o presidente do TJ, a decisão de decretar o endurecimento do isolamento será uma profunda análise do que determina a ciência. O Comitê Científico do Nordeste recomendou aos estados adotar o lockdown quando os números de leitos hospitalares tenham superado 80% de ocupação e, ao mesmo tempo, a curva de casos e de óbitos seja ascendente.