Quando ela recebeu o convite para trabalhar com pacientes do convid 19 relata que  a gratificação foi um incentivo  de peso, não só para ela, como também para amigas.
Afirma que tem a profissão como missão , mas, o que ganha é muito  pouco para suprir as necessidades da família, e  esse dinheiro extra daria para desafogar o orçamento apertadíssimo.  Resolveu unir o útil ao agradável.
Além da gratificação tinha  outras garantias institucionais , como a entrega de EPIs para auto-proteção.
Mas, com o crescente da pandemia e a ausência das garantias da segurança no trabalho elas e as amigas se viram acuadas. Com medo de transmitir a doença para a família , procurou outro espaço e apartou-se dos familiares.
E o medo da contaminação se fez realidade. Com a covid 19 ela diz:- "Vou me recuperar com a graça de Deus, e todo esse processo me fez repensar a vida. Não sei se vou voltar à profissão, mas, de uma coisa tenho certeza: nenhum dinheiro no mundo vale a minha vida, nem a da minha família.
Dizem que somos heroínas nesse enfrentamento contra a covid, 19, mas, uma heroína  tem mais valor viva, para salvar outras vidas. E quem cuida de quem cuida de vidas?. São reflexões que o Estado e a sociedade precisam fazer- conclui.


(Foto: Getty Images)