Primeiro, o menino me liga feliz, pois, recebera o auxílio emergencial. Compartilho da felicidade dele.
Neste sábado, começo de maio , o rapaz me conta que está na manicure (com hora marcada e salão vazio, segundo ele), e eu , muito sem noção, pergunto-lhe o motivo. Usando a racionalidade que o momento pede, responde:- Fazendo as unhas.
Advirto-o que não pode ficar gastando o dinheiro com coisas supérfluas. A resposta chega didática:
-Arísia eu preciso cuidar de mim. Estava com a unha muito encravada e com o cabelo grande, e minha auto´-estima não é coisa supérflua.
O riso engasga na garganta e uso seriedade para dizer:- Tudo bem, mas, use o dinheiro de forma , que atenda suas necessidades.
Ele corcondou e nos despedimos.
No fundo, o rapaz tem razão, a auto-estima da gente é para ser alimentada todos os dias.
Principalmente, nestes dis de pandemia e isolamento social.

Raízes da África