Estou em uma loja do bairro da orla marítima da capital Maceió . O domingo é feito de sol. Uma mulher discute medidas da madeira a serem cortadas, com o vendedor solícito, e o celular dela está displicentemente, depositado no balcão.
Respeitando uma distância estratégica, mexo no meu celular, e me faço espera.
Em determinado momento decido me aproximar para agilizar o atendimento, e fico rente ao balcão. A moça ao perceber minha aproximação, em um gesto ágil e nada discreto, pega o celular e coloca no bolso.Com um detalhe: havia um homem branco no mesmo lugar, antes da minha aproximação.
Preferi ignorar o escancarado pré-julgamento.
Ser preta...
É só pra dizer como funciona o racismo nas terras apropriadas por Cabral, o europeu.
Em 2019.

Raízes da África