Tinha por Clara Nunes um amor incondicional de fã. Quando a conheci pessoalmente,em um show no Clube  Iate Portuguesa, onde hoje funciona o Mercado Popular da  prefeitura no centro de Maceió,AL, tinha eu 15 anos, e enquanto todo mundo se remexia ao som da música fiquei lá parada, feito estátua, olhando-a nos olhos, capturando cada imagem que pudesse guardar, saboreando a música vinda direto para o coração, embevecida por ter Clara ali tão perto.
E mesmo o salão abarrotado de gente,Clara  Nunes sentiu minha emoção, saiu do palco, e ofereceu-me uma rosa vermelha. Guardei essa rosa por tempos inteiros, hoje não sei mais onde anda.
Clara era filha de Amélia e neta de Emília. Nasceu em 12 de agosto de 1942, em Caetanópolis, Minas Gerais. Era cantora e compositora. Uma das maiores e melhores intérpretes do país.
Foi  primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias e fez história, pois afirmavam  que mulheres não vendiam discos. 
Dedicou-se, fielmente e publicamente, a religião que professava. Era umbandista, e  especial expoente musical  da religiosidade afro-brasileira.
 Clara Nunes morreu em 02 de abril 1983. Faz trinta e sete anos que ela se foi. 
Morreu aos 40 anos e mais de   50.000 mil  pessoas  foram se despedir da cantora.
Em 2007, o jornalista Vagner Fernandes lançou  biografia  de Clara: Guerreira da Utopia.
E que  saudades de Clara cantando:" o mar serenou quando ela pisou na areia..."
Salve Clara, mineira, guerreira, filha de Ogum e Iansã. Eparrei, Oyá