A servidora pública estadual e fundadora do Coletivo Povo de Axé Miriam Pereira relata sua história e o blog reproduz: 
"No Brasil, a mulher branca é a princesa criada para se casar, cuidar do marido e dos filhos, já a negra é criada para ser a “namoradinha escondida”, para limpar casa, lavar a louça, para falar mais baixo, para se colocar no lugar dela, mas não para ser levada ao altar ou apresentada à família. Isso, inclusive, aconteceu com meu pai e minha mãe. Meu pai português se casou com a minha mãe negra e da união vieram três filhos, os dois primeiros homens e quando eu nasci meu pai me entregou para um casal de tios, porque minha mãe não tinha condições “morais” de criar a filha mulher dele, mas era a mesma mulher com quem ele ia para casa todas as noites. E a história fica pior, o irmão dele era português casado com uma italiana. Eles tinham outros filhos, mas eu me tornei a empregada da casa e a única que apanhava de três a cinco vezes por dia. Essa pessoa que eu sou hoje, não é a pessoa que eu fui criada para ser. Eu me imponho, eu ocupo o meu lugar. Não me vejo condicionada de estar somente atrás de tanque, porque a mesma capacidade que outras mulheres e outros homens têm, eu também tenho”, finalizou.
Saiba mais-Fonte:https://www.campograndenews.com.br/lado-b/comportamento-23-08-2011-08/solidao-da-mulher-negra-e-confirmada-quando-cintura-se-vai-com-a-juventude?