O racismo não descansa é geracional e persistente. Vai lendo...
Hoje vamos falar de uma grande inventora negra que auxiliou a vida de todas as mulheres ao redor do mundo: seu nome era Mary Beatrice Davidson Kenner (1912-2006). Mary Beatrice cresceu Charlotte, Carolina do Norte, em uma família negra de grandes inventores: seu avô materno inventou o sinal de luzes tricolor para guiar trens e, sua irmã, Mildred Davidson Austin Smith, patenteou o jogo de tabuleiro da família para comercializá-lo, seu pai, Sidney Nathaniel Davidson, em 1914, criou um prensador de roupas para fazê-las caber em malas.
Mary ocupava seu tempo desenhando modelos e os construindo. Com seu brilhantismo Mary Beatrice conseguiu uma vaga na prestigiada Universidade de Howard assim que se formou no ensino médio, em 1931. Mas precisou largar os estudos um ano depois por causa de problemas financeiros e seguiu sua história trabalhando como babá, mas nunca desistiu de seus inventos.
Em 1957 ela criou um cinto para o que chamavam de guardanapos sanitários, bem antes dos absorventes descartáveis. Sua invenção reduzia muitos as chances da menstruação vazar e as mulheres logo aderiram. Mesmo com toda intelectualidade o racismo se colocou como um grande limitador na vida de Mary. Em entrevistas concedidas para Zing, Mary Beatrice contou que, mais de uma vez, empresas entravam em contato para comprar suas ideias, mas desistiam quando a reunião presencial acontecia e descobriam que ela era negra.
Fonte: @descolonizando_saberes