Na segunda-feira, 20 de janeiro, Ana Luísa Cardoso Silva, de 9 anos, ganhou uma festinha de princesa, exclusiva, da ministra, Damares.
Damares é a responsável pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), do governo do Seu Jair.
A ministra Damares usou dinheiro público para compor um cenário, bem eurocêntrico na celebração da pretitude de Ana e , assim afirmá-la princesa.
O vestido e a coroa que a menina usava não se assemelhavam a vestimentas de pretas princesas. .
A festinha que Damares fez para Ana, com uma platéia, majoritariamente branca, foi devido a segregação sofrida pela menina , em um parque público , quando uma adulta afirmou que " meninas pretinhas não podem ser princesas".
Isso foi no primeiro dia de janeiro.
Ana disse que perdoou a mulher. Perdoa racista, não, Ana. O perdão nos foi ensinado pelo colonizador@.
O racismo,que é estrutural, causa impactos danosos do ponto de vista psicológico e social na vida de toda e qualquer criança ou adolescente.Se amar enquanto pessoa preta é um processo longo e de muito enfrentamento.
E Damares, ministra do país verde-amarelo, decidiu resolver o problema do racismo no Brasil todinho , montando uma festinha de princesa, para Ana.
Damares quer discutir o racismo estrutural, com uma varinha de condão, e solenemente ignora a produção de conhecimento coletivo, ou políticas afirmativas gestado nos últimos anos no Brasil.
Políticas afirmativas são instrumentos importantes para o combate ao racismo.
No país verde-amarelo de Damares, não há lugar para produção do conhecimento ,como processo de caráter coletivo .
No país verde-amarelo de Damares, princesas pretas são mortas na porta de casa, ou dentro da escola, por balas, certeiramente, perdidas.
Mesmo assim, no país verde amarelo de Damares a ordem é :- Segue o baile!
O racismo no Brasil é um crime perfeito- já dizia Kabengele Munanga

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