No bairro do Recife,ou Recife antigo dentre as inúmeras atrações turísticas tem um Centro de Artesanato.
O Centro fica pertinho da Praça do Marco Zero,corredores amplos, ambientes bem organizados,e ainda tem a vista privilegiada para o mar.
Há uma magnífica variedade de peças produzidas,por quase 1,4 mil artesãos de todas as regiões do Estado de Pernambuco.
Tem de tudo lá, artesanato das mais diversas matérias-primas, como cerâmica, madeira, vidro, metal, renda, têxti, itens decorativos, brinquedos feitos de barro, renascença etc. Uma boniteza só, mas,o que faz uma réplica de um navio negreiro no meio das 25 mil peças artesanais à venda?
Um navio tumbeiro.
Tumbeiro vem de tumba,que significa caixão
Qual a lógica contemporânea de um artista inspirar-se em um navio tumbeiro,que amontou homens,mulheres e crianças em compartimentos minúsculos, insalubres, tendo como companhia a fome, sede, doenças, sujeira, e invocar em um objeto decorativo o sofrimento de mais de 11 milhões de pessoas e colocar à venda?
Por que a memória do povo preto no Brasil miscigenado é sempre associada ao escravismo?
Qual é a lógica?
O Centro é mais uma ação integrada do Governo do Estado, através da Diretoria de Artesanato da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC), e funciona como ponto de convergência entre todas as iniciativas do Programa do Artesanato de Pernambuco (PAPE), como a Fenearte, a Unidade Móvel do Artesanato e o apoio aos artesãos nas diversas feiras realizadas no Brasil.