Operação Florence “Dama da Lâmpada”: Cremal só vai se posicionar após resultado do inquérito

11/12/2019 16:48 - Geral
Por Gabriela Flores
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Após as denúncias divulgadas nesta quarta-feira, dia 11, que apontaram a existência de uma organização criminosa que agia dentro do Hospital Geral do Estado e no Hospital de Emergência do Agreste Daniel Houly, em Arapiraca e que tinha um médico como líder, o Conselho Regional de Medicina em Alagoas (Cremal) disse que vai aguardar o resultado do inquérito para avaliar o posicionamento do órgão.

Sobre a participação do médico ortopedista Gustavo Vasconcelos Nascimento, apontado pela Polícia Federal como “cabeça do esquema”  e da médica pediatra e gastroenterologista Marta Celeste, diretora do HGE e também da anestesista e diretora da Unidade de Saúde do Agreste, Regiluce Santos, a assessoria de Comunicação do Cremal explicou que o órgão só irá se posicionar quando houverem mais informações uma vez que o Cremal só age no tocante “à conduta ética do médico”.

Gustavo Vasconcelos está fora do país e teve a prisão decretada. Já as médicas Marta Celeste e Regiluce Santos foram presas hoje durante a operação Florence “Dama da Lâmpada”.

O caso

A Operação Florence “Dama da Lâmpada” foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal e teve como objetivo fraudes, desvios de recursos e corrupção de agentes públicos na prestação de serviços de OPME - Órtese, Prótese e Materiais Especiais - no Estado de Alagoas.

As investigações, que foram iniciadas em maio, apontaram que valores destinados à determinada entidade sem fins lucrativos, ultrapassam os R$ 30 milhões nos últimos três anos.

Na ação foi presa a filha do vice-governador Luciano Barbosa, Lívia Barbosa de Almeida Margallo, e o esposo dela, Pedro Silva Margallo. Ambos eram sócios de uma empresa chamada LP contratada pelo Estado para prestar serviços de saúde.

O diretor de ortopedia do HGE, o médico Gustavo Vasconcelos Nascimento agia dentro do Hospital e seu cunhado e sua mãe eram os laranjas que estavam à frente das empresas Iortal e Arafix .

Servidores da Sesau efetivos e comissionados também faziam parte do esquema que facilitou a participação em licitações manipuladas.

Caso sejam condenados as penas, somadas, variam de 18 a 45 anos de detenção ou reclusão, conforme o caso.

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