Mais um trecho de um belíssimo texto dessa mulher tão aguerrida, tão autêntica, tão profundamente profissional, a querida promotora de justiça e dos direitos da criança, Alexandra Beurlen.
(...) Macaquinho, morreu depois de trocar tiros, pela enésima vez, com a polícia (troca de tiros de verdade!). Já era maior. Só soube da notícia muito depois.
A única autoridade que ele respeitava era Dra. Aureni Moreno.
Uma vez, ele estava "entocado" debaixo da ponte do Reginaldo, enfrentando a PM. 3h (isso mesmo, de madrugada), Dra. Aureni bateu na minha porta para avisar que não ia mais deixá-lo "tocar o terror". "Vou tirá-lo de lá de todo jeito!", assegurou.
Não sei bem se tinha muito o que eu responder e não entendi ao certo porque ela veio me contar, mas lembro claramente de ter dito: "Por favor, volte viva!".
Confesso que foi minha maior preocupação.
Ela riu.
20 minutos depois, ligou feliz: "Tudo certo Doutora. Mandei a PM avisar que eu estava indo e ele resolveu se entregar. Quando cheguei, ele me abraçou chorando, pediu desculpas. Já levei pra o CRM!".
O respeito daquela delegada pelos meninos era incomensurável e eles sabiam e a amavam por isso..(...)