Começou na tarde desta terça-feira, dia 06, no Fórum do Barro Duro, o julgamento de Edmo Rui de Assumpção. O réu é acusado de provocar a morte do advogado Daniel Araújo Monteiro num acidente de trânsito ocorrido em 2015, na Avenida Doutor Antônio Gomes de Barros, a antiga Amélia Rosa, na Jatiúca.

Em seu depoimento, Patrícia Suely Matias, esposa do réu confessou que Edmo consome maconha e que no dia do acidente ela estava altamente embriagada e depois de entrar no carro “apagou e não viu mais nada”. Quando acordou já estava no hospital.

O promotor de Justiça, Edelzito Andrade, do Ministério Público Estadual (MPE) disse que “desde a instauração do inquérito policial, após o oferecimento da denúncia tem sustentado a prática de homicídio doloso, por dolo eventual”.

Andrade pontuou ainda a gravidade das próprias ações do réu uma vez que “ele dirigia um automóvel em alta velocidade, numa via arterial, quando se admite apenas 60km e ele dirigia a mais de 120km transgredindo todas as regras de trânsito”.

Outro ponto que o promotor destaca é que “o réu deixou de prestar socorro às vítimas, consequentemente assumindo a responsabilidade pela prática do ilícito e, em razão disso há de ser punido pela prática de homicídio doloso, com prática de dolo eventual cuja pena varia de 6 a 20 anos”.

A sessão conduzida pelo juiz John Silas da Silva começou com um tempo de atraso por causa de problemas no ar condicionado.

O CASO

No início da manhã do domingo dia 1º de fevereiro de 2015, Edmo Santana, que dirigia um veículo Idea, de cor preta e placa NMA 9243, ultrapassou o sinal e colidiu em um carro Cruze LT2, de cor branca e placa OHI 2667. O acidente ocorreu na Avenida Doutor Antônio Gomes de Barros, a antiga Amélia Rosa, na Jatiúca.

Com o impacto da colisão, o condutor do Cruze, identificado como Daniel Araújo Monteiro, de 56 anos, morreu na hora. De acordo com o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, o dispositivo que mostra a velocidade do veículo Idea marcava 170km/hora.