As pilantragens do ministro da Educação

30/05/2019 15:54 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

Abraham Weintraub, o vagabundo que virou ministro da Educação no governo do capitão da tortura, vem a público acusar professores de “coagir” alunos a participarem de passeatas contra o corte de recursos. Seria inacreditável, não fosse o ministro quem é. Sem proposta para nada, a não ser atacar o mundo intelectual, a academia e as instituições de pesquisa, o governo não perde a chance de achincalhar educadores e estudantes. É uma verdadeira meta de gestão dos olavetes.

Em mais um vídeo patético, o ministro nota zero da USP diz que o ministério estaria “recebendo denúncias de pais” dando conta da tal coação. Não contente com a pilantragem, avança um pouco mais e informa endereço para receber as tais denúncias que ele inventa. Na maior cara de pau, o vigarista diz que o ministério combate “qualquer forma de constrangimento, seja de qualquer matiz ideológica”. E quem é que vive em guerra com o “marxismo cultural”, se não esse bando de canalhas?

Prova de que o governo não pensa em outra coisa que não seja intimidar o ambiente universitário é a iniciativa da Advocacia-Geral da União. Os doutores da AGU pedem ao STF que autorize invasões policiais aos campi com o alegado objetivo de investigar supostos atos que configurariam crimes eleitorais. É um troço vergonhoso. Essa pauta requenta episódios vistos durante a campanha do ano passado, quando juízes bolsonaristas deram aval a abusos da polícia em universidades.

Naquela ocasião, o STF barrou os requebros do autoritarismo, turbinado agora nesse governo de ideias toscas e inspirações sombrias. A alegação de crime eleitoral é pretexto para ameaçar a comunidade acadêmica, vista por bolsonarianos como antro de “globalistas”. Um país que despreza centros de ensino e conhecimento tem tudo mesmo para levar seu povo ao topo do mais arrojado desenvolvimento. É com essa onda que temos que lidar nos dias tenebrosos que infelicitam o Brasil.

No vídeo do ministro Weintraub, que realmente não tem qualquer medida do ridículo, o pilantra dá nova prova de sua sólida formação. Portando um guarda-chuva entre as patas, ele se diz vítima de uma chuva de fake news. Em dado momento, o sujeito começa uma frase assim: “Haviam emendas parlamentares...”. Como se constata, ele faltou à aula de português sobre tempos verbais. Esse é o modelo de intelectual que garotões da direita adoram seguir em palestras. “Balbúrdia” é isso aí.

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