Bolsonaro, o homem tóxico e perigoso

04/05/2019 18:46 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

A Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos escolheu Jair Bolsonaro como “Personalidade do Ano”. A única explicação para essa piada são os interesses financeiros dos que fizeram tal escolha. A homenagem estava marcada para o dia 14 de maio. Mas Bolsonaro desistiu de viajar a Nova York para receber o prêmio. E por que o grande estadista renunciou ao título? Porque houve um verdadeiro levante contra o personagem brasileiro, visto mundo afora como o símbolo da escória política.

Primeiro, a direção do Museu de História Natural de Nova York desistiu de ceder o local para ser palco do convescote. Em seguida, empresas patrocinadoras do evento também caíram fora. Aparecer como aliado a um sujeito como Bolsonaro é sujeira. O que seria algo a festejar pelo governo, turbinando uma “agenda positiva”, acabou em fiasco completo, vergonha geral para a turma.

Antes de desistir da viagem, Bolsonaro viu a Folha de S. Paulo revelar que o Banco do Brasil gastaria uma grana e tanto para bajular o capitão da tortura. Sem que haja qualquer motivo oficial para a gastança, o BB se viu forçado a anunciar o cancelamento da presepada. Nunca uma simples homenagem foi tão escandalosa como a que seria feita ao presidente racista, homofóbico e violento.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, foi uma das vozes mais contundentes contra o tal prêmio para Bolsonaro. Segundo ele, o presidente brasileiro é um “homem perigoso”, que despreza direitos consagrados, e é uma ameaça para o meio ambiente, entre outras qualidades. Fanáticos da seita bolsonariana já entraram em campo, histéricos, acusando todo mundo de “comunista”.

Engraçado também é o discurso de gente do governo sobre a repulsa ao presidente que adora torturador. Dizem os valentões que os organizadores do evento agiram por motivos ideológicos. Ora, anunciar decisões seguindo a cegueira ideológica é tudo o que Bolsonaro faz todo santo dia, a cada vez que abre sua boca podre – no que é seguido pela milícia virtual de sua seita.

Vejam que, mesmo pagando um alto preço para se promover, Bolsonaro é rejeitado em amplos setores de influência intelectual de peso. O sujeito é o tipo ideal para o adjetivo “tóxico”. Sua simples presença incomoda qualquer um com um mínimo de respeito ao outro. O presidente brasileiro não pode reclamar de intolerância – é o que ele pregou a vida inteira. Uma voz nociva ao convívio civilizado é isso aí. Na imprensa internacional, o país ganhou novo status: é a lama, fundo do poço. 

Os garotões mal resolvidos da “nova direita” estão espumando de ódio. A última desses aloprados é “denunciar” as empresas que desistiram de bancar o prêmio para o “mito” delinquente. Deve ser muito chato mesmo ver suas referências sendo expostas ao ridículo, como ocorre com Bolsonaro.

Para compensar, só falta a Assembleia Legislativa de Alagoas conceder ao ídolo dos boçais e reacionários o título de cidadão honorário. A proposta pode sair da cabeça do deputado Cabo Bebeto, um autêntico soldado desse exército de exterminadores do presente. Fica a dica.

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