O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) divulgou nesta segunda-feira (15) que o julgamento de Otávio Cardoso da Silva Neto, acusado do assassinato da universitária Bárbara Regina, irá acontecer no dia 28 de maio. O crime aconteceu em 2012 e desde então o corpo da jovem não foi encontrado. O réu também deve ser julgado por ocultação de cadáver.

Otávio Cardoso será levado a júri popular na 8ª Vara Criminal da Capital. O julgamento será presidido pelo juiz John Silas da Silva.

Conforme a acusação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), Otávio conheceu Bárbara em uma boate, no bairro da Ponta Verde, em setembro de 2012. Ele teria assassinado a jovem após ela se recusar a ter relações sexuais com ele. Ainda segundo a denúncia, a universitária teria sido estuprada, morta por asfixia e golpes de arma branca no peito. O acusado teria escondido o corpo da vítima.

Em março de 2018, durante uma audiência de instrução, no Fórum de Maceió, Otávio Cardoso alegou inocência. Em seu depoimento, ele confessor ter utilizado o celular de Bárbara, após ela ter desaparecido, porque teria ficado sem bateria. Disse que a jovem deixou o celular cair no carro, durante a carona que ele deu a ela até o bairro da Ponta Verde.

Na ocasião, a mãe da estudante, Valéria Leite, também foi e reconheceu Otávio como o homem que aparece nas imagens do circuito de segurança da boate. Ela  afirmou que Bárbara era uma jovem calma, que gostava de sair com amigas e consumia álcool de forma moderada. Disse também que a filha não tinha envolvimento com nada ilícito e que não era garota de programa.

O crime

Otávio Cardoso é acusado de violentar e matar Bárbara Regina após saírem de uma boate, localizada na Ponta Verde, no dia 1º de setembro de 2012, por volta das 3h. A vítima foi vista saindo do local acompanhada pelo réu na noite do crime. No dia do crime, Bárbara Regina estava acompanhada de amigas, quando teria conhecido o acusado e saído do local com ele, o que ficou comprovado pelas imagens extraídas do circuito de câmeras do estabelecimento. 

O reconhecimento fotográfico feito por todas as amigas da vítima também é apontado um indício de que Otávio foi o homem que saiu com Bárbara da boate e, posteriormente, teria a matado por meio de asfixia e com golpes de punhal. 

De acordo com testemunhas, Otávio teria levado seu carro para um lava-jato dois dias após o crime. O veículo estava completamente sujo de barro e pó de cana, o que leva a crer que foi utilizado para transportar o corpo da vítima até o local onde foi ocultado. O acusado teria ainda confidenciado a um amigo ter assassinado Bárbara.

Otávio Cardoso  foi denunciado e deverá ir a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de meio cruel, além de ocultação de cadáver. Houve também uma denúncia por estupro, mas por falta de provas a acusão foi retirada do júri.

 

*Estagiária sob supervisão da editoria