A Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), por meio da Seção de Roubo a Bancos (Serb), apresentou nesta sexta-feira (29), o material apreendido e o modo de operação da quadrilha de Mato Grosso, especializada em roubo a bancos, que foi desarticulada em Alagoas, no mês de fevereiro. 

Segundo a polícia, dentre o farto material de corte apreendido, chama atenção as dezenas de metros de fio para serem utilizados como uma extensão que seria ligada em um poste para que os criminosos utilizassem uma lixadeira e outros equipamentos que necessitassem de energia elétrica.

Dessa forma, os assaltantes cortariam a energia elétrica da agência e, consequentemente, todo o sistema de segurança do banco. Por isso, a necessidade dos suspeitos de uma fonte de energia fora do estabelecimento bancário.

Também foram apreendidos discos de corte, instrumentos para arrombamento, martelos, luvas para não deixar digitais, pés de cabra, chaves de fenda, além de um guarda sol, que é utilizado para que os sensores, sensíveis ao calor humano, não captem a movimentação dos criminosos dentro da agência.

Segundo o delegado Cayo Rodrigues, há registros em outros arrombamentos em que os criminosos se descolam debaixo de um guarda sol.

Dentre o material apreendido também estão algumas correntes que são lançadas na fiação elétrica para provocar um curto circuito e a consequente queda de energia. Com isso, o banco acaba interpretando que a queda do sistema de segurança foi provocada por falta de energia na região, sendo que na prática ocorreu de maneira intencional.

O caso 

Uma quadrilha do Mato Grosso do Sul que praticava roubos a agências bancárias foi desarticulada em Alagoas durante o mês de fevereiro. Segundo o delegado Fábio Costa, o grupo composto por sete suspeitos agia em todo Brasil e chegou ao estado de Alagoas na intenção de praticar mais roubos, entre eles, a uma agência bancária na orla de Maceió. Na ação, quatro homens morreram após um confronto com a polícia.