Após a prisão em flagrante dos acusados de torturar, estuprar e matar a jovem Joyce da Silva Alves, de 22 anos, durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira, dia 13, o juiz Geraldo Cavalcante Amorim, converteu a prisão flagrante em prisão preventiva.
"Diante dos fatos bárbaros e que, nesta audiência, foram confirmados pelos autuados, acolho a manifestação do Ministério Público e converto a prisão em flagrante de Clécio Gomes Barbosa, Elton Jhon Bento da Silva, Maria Mariá Araújo Epifânio, Jullyana Karla Soares da Costa e Lady Laura Rodrigues Paulino, devidamente qualificados, em prisão preventiva, mantendo os flagrados recolhidos no local em que se encontram", destacou o magistrado.
A jovem Joyce da Silva Alves, de 22 anos, foi torturada, estuprada e assassinada com requintes de crueldade no domingo (10) porque os acusados – integrantes de uma facção criminosa - desconfiaram que a vítima pertencia a uma facção rival. A informação foi repassada pelo secretário estadual de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, durante uma coletiva à imprensa na tarde de ontem, terça-feira (12).
Além dos cinco presos acusados de envolvimento no crime, dois menores também suspeitos de integrar o grupo foram apreendidos.
O caso
Segundo a polícia, Joyce estava em uma festa pública com uma amiga identificada como Maria Mariá, no sábado, dia 09, quando foram para outra festa, na casa de um menor, no Conjunto Village Campestre II. Quando o dono da casa fez um símbolo com o número três, ela respondeu com o dois, levando-o a acreditar que ela pertencia à facção rival. Joyce inocentemente teria feito o gesto de uma facção rival após a provocação do menor.
O menor também é acusado de ser autor intelectual da tortura e do homicídio da jovem, que era apenas usuária de drogas, não integrando nenhuma facção. Joyce tinha uma filha de cinco anos e morava com a mãe e a avó.
Na casa do menor foram encontradas bitucas de cigarro e bebidas. Além disso, a casa servia como ponto de comercialização de drogas.
Joyce foi torturada, estuprada e morta com golpes de estaca por todos os acusados. Seu corpo foi encontrado em um local de difícil acesso, na área rural do Village Campestre II, no domingo, dia 10.
O delegado Fábio Costa, coordenador da Deic, reforçou que, segundo as investigações policiais, a jovem não tinha envolvimento com facções e fez o símbolo por ingenuidade.
*Com informações da Ascom TJ/AL