Durante uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (30), na Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), a polícia confirmou que o empresário alagoano Jaetts Ferreira Júnior, de 57 anos, está vivo. Segundo informações do delegado Thiago Prado, a esposa de Jaetts pagou R$ 30 mil para que um homem identificado como João [que trabalhava com ela] matasse o esposo.
A "justificativa" de Suely Morais Amaral, funcionária aposentada da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), era que o empresário “queria tomar o patrimônio dela e a tratava mal”.
Ainda segundo a polícia, Suely era agiota e deu esse valor para que João cometesse o crime. "No dia 24 esse dinheiro foi sacado no banco Itaú pelo Igor e pela Suely e entregue ao João".
O delegado enfatizou que sequer houve a tentativa de matar o empresário e que se torna um fato impunível, mas que a polícia conseguiu a prisão preventiva. "A prisão temporária não é embasada no crime de homicídio já que não ocorreu, mas sim nos autos indícios de agiotagem, lavagem de dinheiro e organização criminosa formada".
Empresário simulou a morte
Prado contou que a polícia percebeu algumas informações desencontradas ao longo da investigação. A família teria dito que o empresário sumiu com um carro kadett verde, placa CJH 9368 e que uma BMW estaria em uma oficina. O delegado disse que durante o final de semana a polícia teve acesso a um familiar da vítima e o mesmo informou que Jaetts estava bem e que tinha 'simulado' a morte na quinta-feira ao saber de um plano que a esposa e o enteado tinham tramado para matá-lo.
"De acordo com os depoimentos que já constavam no inquérito policial, a Suely estava em conflito patrimonial com o esposo e contratou uma pessoa que efetuava cobranças para ela executar o marido", explicou o delegado.
João entrou em contato com Jaetts e contou a situação. O delegado afirmou que a funcionária pública pressionou para que a ação fosse executada o mais rápido possível já que se ele não fizesse, outro grupo faria. "Suspeitamos que o outro grupo seja dos Boiadeiros que a vítima tinha uma relação".
Com isso, a vítima simulou a morte e foi para outro estado. "Foi nos passada por tanto uma gravação feita pelo pistoleiro que contou a Suely e ao Igor que tinha matado o empresário e o corpo estava em Marechal Deodoro". Nas imagens que a polícia conseguiu, o pistoleiro apresentou a Suely e ao Igor [no hall do prédio] uma agenda pertencente a vítima.
Na residência de Igor foi encontrada uma arma e ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
*estagiária sob a supervisão da editoria