Durante as investigações, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) descobriu que as ações criminosas eram planejadas pelo Tenente Tiago da Silva Duarte, com a participação dos demais militares, entre eles Cyro da Vera Cruz, que atirou contra a perna de um flanelinha em frente ao Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em julho do ano passado.

De acordo com o Ministério Público, nas investigações o Gaeco descobriu que, em conversas reservadas, o tenente Tiago da Silva Duarte, que à época trabalhava no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), admitiu receio de haver uma investigação em curso sobre a tentativa de assalto à casa de um morador de Santa Luzia do Norte, o que poderia terminar por incriminá-lo.

E, com a continuidade das investigações, o Gaeco também apurou que Tiago tramou um roubo a uma residência na cidade de Colônia de Leopoldina. “Um fato estarrecedor foi a assunção do compromisso de Tiago Duarte em retirar a viatura do Pelopes de Joaquim Gomes, no momento da futura ação criminosa, como forma de evitar que o assalto fosse frustrado ou houvesse confronto com a força policial local”, disse um trecho da representação criminal enviada aos juízes da 17ª Vara Criminal da capital.

Dessa ação, também participariam Romoaldo de Souza da Silva e o outro homem que está sendo procurado.

Os demais PMs

De acordo com os levantamentos do Gaeco, um dos militares que ainda não foi localizado tem envolvimento direto com vários crimes praticados pelos oficiais Tiago e Wellington. Num dos casos, ele teria participado de um assalto à casa de uma pessoa apelidada por “Grampo”. Lá, teriam sido roubados dinheiro, aparelhos celulares e uma porção de cocaína.

Outro assalto cometido pelo mesmo bando fora praticado contra a casa de um homem identificado como Sérgio Gaia, de onde foram retirados dinheiro e uma algema velha.

Já o soldado Cyro da Vera Cruz e o segundo PM que segue sendo procurado, além de também participarem das ações criminosas, são acusados de encobrir os ilícitos praticados pelos dois tenentes.

Quando questionados por autoridades do Ministério Público sobre as suspeitas dos delitos que teriam sido cometidos por Tiago e Wellington, ambos sempre negaram conhecer qualquer fato.