Em outubro deste ano, a apreensão de 1,2 toneladas de cocaína na BR-423, na cidade da Canapi, apontou que as rodovias que cortam Alagoas estariam sendo utilizadas pelo crime organizado para escoar a distribuição dos entorpecentes no Nordeste. Esta foi maior apreensão de cocaína já realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que foi avaliada em aproximadamente R$ 60 milhões.
A Polícia Federal vem atuando fortemente para coibir a entrada de drogas que vem de outros estados para abastecer Alagoas. De acordo com delegado Gustavo Gatto, coordenador da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o combate ao tráfico de drogas consegue ser muito mais efetivo quando descapitaliza a organização criminosa.
Este ano, a PF apreendeu um número maior de drogas – maconha e cocaína – e enfatizou em identificar os fornecedores com ações contra a lavagem de dinheiro, como ocorreu em 2017. “Este ano tivemos uma maior quantidade de drogas apreendidas em relação ao ano passado, mas no passado conseguimos coibir a lavagem de dinheiro que é um resultado do tráfico de drogas”, colocou o delegado.
Somente no mês passado, foi mais de uma tonelada incinerada pelos agentes da Polícia Federal, enquanto no mesmo período do ano passado essa quantidade chegou aos 400 kg. “A nossa apreensão maior continua sendo a maconha, por ser a droga mais consumida e também pelo fato do estado estar muito próximo de áreas produtoras, que ficam tradicionalmente nas margens do rio São Francisco”, acrescentou ele.
Gustavo Gatto enfatizou que o foco principal da delegacia é identificar o fornecedor que compra em regiões do Sul ou em estados de fronteiras e está enviando para traficantes em Alagoas.
*Estagiária