A delegada Simone Marques, da Delegacia de Homicídios, responsável pelas investigações das mortes de Eduardo Henrique Athayde, ex-baterista da banda Cannibal e da advogada Daiana Maria Monteiro, do Ceará, informou nesta quarta-feira (26) à reportagem do CadaMinuto que a família de Dudu será ouvida só após o Ano Novo.

Conforme a delegada, uma amiga de Daiana, que também mora em Fortaleza, prestou depoimentos para dar explicações para a polícia.  

Simone Marques disse ainda que irá aguardar o laudo da perícia criminal para a realização dos procedimentos necessários.

O resultado da perícia pode ser entregue até a sexta-feira, dia 28, quando termina o prazo de dez dias.  

O caso

Na terça-feira (18), os corpos de Eduardo Henrique Athayde e Daiana Maria Monteiro foram encontrados em cima de um sofá cama localizado dentro do estúdio de gravação que fica na casa.

A irmã de Dudu foi surpreendida com o casal morto quando foi chamá-lo para almoçar, logo acionou a polícia. Segundo o comandante do 4º BPM, pela cena encontrada “tudo indica que se trate de homicídio seguido de suicídio.

Equipes da Polícia Militar, do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local para realizar os procedimentos padrão e recolher os corpos.

Informações do perito criminal do Instituto de Criminalística, José Fernando da Silva, Dudu Athayde estava com um disparo de pistola 765 que teria sido efetuado do lado direito e saído do lado esquerdo da cabeça. Já Dayana estava com um tiro na testa, mas a bala não saiu do corpo da vítima.

O delegado plantonista, Antônio Henrique, que esteve no local do crime comentou que  é preciso aguardar o resultado da perícia. “As câmeras de segurança de um estabelecimento comercial onde o casal comprou sushi também serão analisadas”, afirmou ele.

Dudu Athayde, como era conhecido no meio artístico, era ex-baterista da banda de axé Cannibal, e também participou da banda do cantor e compositor alagoano Djavan.

Relacionamento

Apesar de familiares próximos não terem conhecimento sobre o relacionamento dos dois, algumas pessoas afirmaram que Daiana e Dudu estavam namorando. A cearense era uma advogada bem sucedida e estava realizando uma especialização em Direito do Trabalho e Direito Tributário. Além do mais, ela estava há menos de três dias em Maceió para visitar o músico.

Suspeitas

Em entrevista ao CadaMinuto, na quinta-feira, 20, um parente de Eduardo Athayde,  que preferiu não ser identificado, informou que Dudu era espírita e que a família não acredita que ele tenha tirado a própria vida, como foi inicialmente apontado pela polícia.  

“Ele era espirita, por isso que nós ‘duvidamos’ dessa questão de suicídio. Ficamos pensativos, pois, ele falava muito dessa questão do espiritismo, e, devido a isso, não só os familiares como também os amigos, ficaram se questionando sobre o ocorrido. Mas, talvez devido aos efeitos colaterais do medicamento, ele não tenha respondido por si e, infelizmente, ele não está mais aqui”, contou o parente.  

Sepultamento

O corpo da advogada cearense Daiana Maria Monteiro foi enterrado na quinta-feira (20), no Cemitério São Miguel, na cidade de Canindé, no estado do Ceará. 

Já o corpo de Eduardo foi velado na quarta-feira, dia 19, no Campo Santo Parque das Flores, localizado no bairro do Farol, e sepultado em um cemitério no bairro do Prado, parte baixa de Maceió.

*Estagiária sob supervisão da editoria