(Atualizada às 10h35)

O ex-prefeito de Traipu, Marcos Antônio dos Santos, foi preso nessa quarta-feira (13), durante uma novena realizada na igreja Nossa Senhora do Ó, na Praça Matriz, Centro do município.

De acordo com as primeiras informações, passadas por testemunhas, Marcos Santos teria sido preso por agentes da Polícia Federal (PF), que estavam a paisana, quando acompanhava a festa da padroeira da cidade em companhia de familiares.

Ainda segundo testemunhas, ao perceber uma movimentação próxima a sua residência, o ex-prefeito tentou se escondeu em meio a multidão. Houve um princípio de tumulto, pois as pessoas achavam que era um sequestro, mas foram informadas que se tratava de cumprimento de mandado de prisão.

Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Federal informou que os policiais cumpriram mandados de prisão após decisão judicial expedida pelo  Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Ainda segundo a assessoria, o juiz pediu sigilo sobre o caso.

Marcos Santos tem uma vasta lista de acusações e processos judiciais, além de ter passado meses foragido. O ex-prefeito da cidade ribeirinha é acusado fraude em licitações, assassinato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, além de crimes de responsabilidade fiscal. A esposa de Marcos Santos, Juliana Kummer, também já chegou a ser presa por envolvimento em atos ilicitos.

Em janeiro de 2010, Marcos Santos foi afastado do cargo por desviar mais de R$ 5,3 milhões em verbas públicas, durante  a Operação Carranca, deflagrada em 2007, que desmontou um aquadrilha especializada em fraudar licitações de obras públicas em todo estado. Em Traipu, as investigação apontaram irregularidades na aplicação de recursos de oito mistérios durante o primeiro mandato de Santos.

O ex-prefeito chegou a ser condenado a mais de 15 anos de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, cuja sede fica no estado de Pernambuco, mas não foi preso.

Em 2011, Santos também foi acusado na morte do secretário de Turismo de Traipu, durante sua gestão, José Valter Palmeira. Já em fevereiro deste ano, Marcos Santos teve os bens bloqueados pela Justiç, após não ter prestado contas de uma reforma realizada na Casa da Cultura do munícipio, em 2011.

 

 

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