Após o comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio, decretar a prisão do deputado estadual eleito, e também militar, Cabo Bebeto, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen) emitiram nota em apoio em apoio ao militar e repudiando a decisão do coronel.
De acordo com a PM, a punição ocorreu devido o militar ter “abandonado”, sem ordem superior, o posto e o serviço que deveria executar. Ainda segundo a decisão, o fato teria sido registrado entre os dias 06 e 20 de fevereiro de 2015, onde o Cabo Bebeto teria cumprido os serviços de Comandante de Guarnição do ROCOM 2 e nem permanecido no PM BOX da Pajuçara. O militar respondia a proceso disciplinar desde 2016.
Em nota, o Sindpol diz que considera a decisão do comandante inoportuna e que afronta os direitos do militar e sua atual condição de parlamentar eleito. O sindicato pede ainda que as autoridades da Secretaria de Segurança de Alagoas revejam a decisão e retirem a punição do militar.
Também em nota, o Sindapen afirma que Cabo Bebeto sempre lutou pelos direitos de sua classe e sempre tem visto o militar sendo “reprimido” pelo governo. O Sindapen disse ainda que entende que a hierarquia existente em regime próprio deve ser respeitada, mas o que acompanha diariamente “é uma perseguição aos militares que não se submetem aos desmandos e ordens ilegais”.
Leia na íntegra as notas dos respectivos sindicatos
Sindpol
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) vem a público manifestar solidariedade ao Cabo Bebeto, que teve prisão decretada pelo Comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio.
O Sindpol repudia a determinação do comandante da PM, considerando-a inoportuna, que afronta os direitos do militar, bem como a sua atual condição de parlamentar eleito.
O Cabo Bebeto vem de uma trajetória de luta e de prestação de serviços aos profissionais de segurança pública, colocando-se em defesa das categorias da segurança pública, inclusive, participou do ato público contra o Governo do Estado, realizado pelo Sindpol, contra o atraso de quatro meses de pagamento às empresas terceirizadas. O não pagamento pôs em caos as delegacias, com a falta de serviços de limpeza e de alimentação dos presos.
O Sindpol solicita que as autoridades da Secretaria de Segurança de Alagoas revejam a determinação e retirem a punição ao militar, pois tal decisão vai de encontro ao estado democrático de direito brasileiro.
Sindapen
NOTA DE REPÚDIO
Nós agentes penitenciários através do SINDAPEN, sindicato que sempre luta pelos direitos dos trabalhadores da classe, igualmente faz o policial militar cabo Bebeto, que sempre luta pela sua classe, através da OPB - ordem dos policiais do Brasil - onde é conselheiro. Vimos este militar sempre sendo reprimido pelo governo, pelas suas falas contra o arcaico regime militar, com um regulamento disciplinar da época de criação da polícia militar, precisar ser renovado e atualizado, trabalho que este parlamentar pode e deve trabalhar pra revisar-lo, pois trata de um regulamento que como acompanhamos, sempre pune os mais fracos, por vezes cometendo injustiças contra alguns praças por vaidade de superiores. Ou por tentar calá-lo antes l do mesmo se pronunciar, por pressão interna.
Entendemos que estes servidores públicos tem sim que respeitar a hierarquia existente em regime próprio, mas o que acompanhamos diariamente é uma perseguição aos militares que não se submetem aos desmandos e ordens ilegais.
Cabo Bebeto foi eleito com mais de 31 mil votos de alagoanos que querem mudança na política nacional e local, exigimos respeito à ele e aos alagoanos que acreditaram no nome dele.
Diretoria SINDAPEN